Dever e Renúncia
Vi hoje no cinema "As Torres Gêmeas", que conta a história de dois policiais portuários, que foram convocados a evacuar os prédios, porém acabaram soterrados sob toneladas de escombros.
O filme, ao contrário do que possa se pensar, não fala de ódio religioso, intolerância ou fanatismo, mas de dor, sofrimento e união, assuntos muito mais importantes e emocionantes.
Me admirei com o senso de dever de todos os bombeiros, policiais e paramédicos que entraram nos edifícios atingidos para salvar outros, apesar de saberem de todos os riscos envolvidos. E mesmo depois que as torres caíram, policiais, soldados e bombeiros de todas as partes do país vieram ajudar na tarefa de resgatar os sobreviventes do atentado, como os policiais do estado do Wisconsin (dá-lhe Cheeseheads!).
A cena mais bonita do filme, a que mais valeu a pena, foi um diálogo entre os dois policiais presos nos escombros. O sargento, interpretado por Nicholas Cage, se perguntava por que eles tinham ido até lá, apenas para ficarem presos, verem seus outros companheiros morrerem e darem mais trabalho do que ajudarem. O outro policial disse que este era o dever deles, e que nem ele, nem aqueles que morreram poderiam viver em paz sabendo que deixaram inocentes morrerem, sem ao menos arriscarem tudo em nome do dever. Eles viviam pelos outros.
Esta é a mensagem do filme: viver pelos outros, abandonando a nossa personalidade, como o Fuzileiro que, ao dizer seu nome mais curto, disse apenas sua patente militar.
1 comentário:
Fiquei mais interessado em ver o filme agora mesmo tu contando o final dele =D
Viver pelos outros. Isso é verdade. Pena que nem todos tem esse pensamento. Vale a pena refletir se realmente somos assim.
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