Aloprando em Curitiba (Parte 7)
Dia III: Saíndo do armário
Parte IV - Início da Noite
Nossa! Fazia tanto tempo desde o último post desta série que eu até tinha me esquecido como eu formatava os textos! Só espero lembrar do que rolou em Curitiba.
Mas enfim! Saí correndo para comer alguma coisa e, sonhando com um xis, queria ir direto para o Alemão. Mas resolvi ser cordial e passar na sala do GDV do pessoal lá da UFRGS, sobre Reforma Curricular, comandado pelo Chico (auto-proclamado dono do motel mais barato de Curitiba) e Cris, a amável metaleira do quarto ano que me convenceu (quase à tapas) a ir pro GDV de Estatuto. Queria ter participado da discussão, considerando que eu sou aluno do novo currículo da Psicologia da UFRGS, mas o dever falou mais alto. Pena. Deu para perceber que a discussão foi muito boa só pelo "escrotidão" escrito no cartaz feito pelos participantes (e pelo Chico xingando um mala de Minas Gerais).
Depois que limparam a sala onde o GDV ocorreu, ficamos fazendo hora no corredor. Enquanto desempenhavamos esta importante tarefa, a Cris veio me pedir qual era proposta que o pessoal da UFMS tinha feito para modificar completamente o estatuto e o que tinha sido discutido a respeito. Respondi que o Leo só fez destaques pontuais. Quase o tempo todo, verdade. Mas mesmo assim, não eram mudanças tão radicais. Foi só eu dizer isso que a Cris me falou algo que me deixou louco da vida: logo depois que saí da sala do GDV de estatuto, os caras da UFMS distribuiram a proposta deles. Senti-me traído. Mas eu teria mais uma oportunidade de encarar este problema. Outro problema muito mais importante me incomodava no momento: a fome. Alguns de meus colegas já tinham se bandeado para o Alemão para jantar, então fomos nos juntar a eles.
A arquitetura do Alecrim é muito simples: uma área com mesas externa, duas portas grandes daquelas que se fecham com portão de ferro, uma área com mesas internas e o balcão. Meus colegas estavam sentados atrás da parede entre as portas, de modo que não conseguia enxergá-los da rua. Por isso, só sabia que eles estavam lá por causa de suas vozes. E a voz que mais me irritou durante o dia inteiro estava lá: Leo. Claro que ele estava falando pelos cotovelos. Não posso negar, porém, que foi uma boa oportunidade de confrontá-lo a respeito daquelas propostas de estatuto que eles começaram a distribuir. Como a parte racional da minha mente desconfiava, eles não esperaram eu sair para começar a distribuir a proposta. Foi apenas uma infeliz coincidência, se é que isso existe. E as propostas distribuidas foram as mesmas que ele propôs. Mas enfim, ninguém deve mais agüentar ler a respeito do Leo e seu estatuto, e nem eu agüento mais escrever sobre ele. Ainda bem que ele foi embora logo e me deixou jantar em paz.
Continua...