segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Parabéns a você, nesta data querida...


Feliz Aniversário, Orkut! 3 anos atrasando nossa vida!

E, na real, deveriam ter colocado ao invés do bolo um donut. Só pra provocar quem teve que agüentar quase 3 anos de Bad, bad server. No Donut for you.

Aventuras Venturosas de um Vestibulando Vagabundo (Parte 4)

- 8 de janeiro de 2007

Segundo dia de prova. Minha cama estava agradavelmente quente e confortável, o que me impediu de sair dela e fazer a prova, fazendo-me perder todo o vestibular.

Tá, isso é mentira, mas confesso que realmente pensei em ficar em casa dormindo. O que me levou a tirar minha bunda do colchão foi o pensamento que, se eu não passasse esse ano, eu teria que repetir a dose de vestibular em 2008. Nada agradável.

Tinha decidido pegar um táxi hoje, e ver se valia a pena gastar mais para não levar roçadas (calma, a viadagem ficou no post anterior), o que me daria muito mais tempo para gastar fazendo coisas que antes eu faria correndo, como tomar café, por exemplo!

O dia 8 de janeiro foi muito mais bonito que o dia 7, só pelo simples fato de não ter que esperar um ônibus lotado, mas apenas escolher um táxi, acomodar-se no banco da frente e dizer “Pro colégio Nossa Senhora da Glória!” Valeu a pena gastar 4 vezes o preço da passagem na corrida só por isso.

Por um erro de cálculo, cheguei muito cedo no local de prova. Ao contrário do que muitos poderiam pensar isto não é uma coisa boa, afinal, eu teria que ser muito mais criativo e paciente para descobrir novas formas de enrolar antes de abrirem os portões. Comecei a jogar pinball no celular, mas a brincadeira perdeu a graça depois da quinta vez que quebrei um recorde.

Enquanto isso, outro oportunista resolveu vender água mineral na frente da escola, mas do lado de fora. Isso garantia uma vantagem estratégica, já que, para comprar dele, não era necessário esperar abrirem os portões. A propósito, esse vendedor também não tirava os rótulos das garrafas. Aposto que muito preguiçoso pagaria 50 centavos a mais por este serviço.

Como no dia anterior, abriram os portões às 8 horas, e foi o estouro da boiada para dentro do prédio. Engraçado como as pessoas pensam que, se chegarem antes que todos os outros na sala de prova eles farão uma prova melhor. Eu tenho um pensamento ligeiramente diferente: eu farei uma prova melhor se antes de começar eu fizer todas as minhas necessidades fisiológicas. E foi para este fim que utilizei a meia hora entre a entrada e o começo do exame do dia. Gostaria de fazer uma pequena observação sobre como os banheiros masculinos em colégios dirigidos por freiras são marginalizados e escondidos, forçando os homens que desejam utilizar o toalete deslocarem-se pelo menos 50 metros a mais que as mulheres. CADÊ A IGUALDADE DE SEXOS AQUI?!?! Não vem ao caso de qualquer maneira.

Depois de meia hora enchendo murcilha nos corredores, decidi que seria melhor apresentar-me na minha sala. Muitos dos vestibulandos que faltaram no dia 7 apareceram hoje, talvez na esperança de conseguirem uma vaga por sorteio. HA! A gótica hoje usava uma blusinha vermelha, com a mesma saia do outro dia. Será que o cinto que ela usa foi costurado diretamente em sua cintura, impedindo que ela troque de saia? Ou ela nasceu usando aquela saia preta? E, aliás, o que uma gótica quer na Psicologia? Mais a frente, um indivíduo usando uma camisa branca completamente desabotoada por cima de uma camiseta física, com cabelos lambidos para trás, tomava Red Bull enquanto passava o cha-la-lá em uma coleguinha. Sim, estamos falando do Amante Latino®, primeiro, único e insubstituível. Só esperava que todo o gel que ele passou nos cabelos não tenha atrapalhado seu desempenho intelectual (que mentira, claro que eu esperava isso!).

Hora da prova. Nunca vi uma prova de geografia tão complicada. Alguém sabe onde fica Frederico Westphalen? Qual é a atividade econômica local, além da boa e velha fofoca entre vizinhos? Será que a prefeitura ganhou um cachê por aparecer na prova da UFRGS ou teve que liberar um jabá na mão da COPERSE para ser citada? Química costumava ser mais divertida no tempo de escola, quando tudo o que tínhamos que fazer era tocar fogo em algumas porcarias e proteger os olhos por causa da explosão. Bem que essa prova poderia ter sido igual. Com a Biologia, a coisa foi mais tranqüila. Nem parecia que no começo do ano eu só sabia que aves têm penas!

Como podem imaginar, demorei bastante antes de terminar todas as questões e sair para o almoço. Voltei para casa de lotação mais uma vez. Como ele sempre me deixava a alguns quarteirões de distância de casa, eu precisava caminhar e dobrar uma esquina. Adivinhem como me perdi hoje? Esqueci onde era essa esquina. Só me dei conta que tinha deixado algo para trás quando passei na frente de uma escola infantil com os 7 anões na frente. Pensei em fazer alguma coisa com aquelas estátuas bestas, como, por exemplo, coloca-las no meio da rua com uma placa escrita “Sexo oral por um prato de comida”. Seria realmente divertido, e provavelmente alguém já teria feito isso antes de mim, se não fosse a cerca elétrica que protegia os nossos amiguinhos anões de jardim. Voltar para casa e almoçar era o melhor que podia fazer.

Às 3 da tarde, como sempre, teríamos a aula pré-prova, mas hoje seria um pouco diferente dos outros dias, pois meu transporte dependia exclusivamente de mim. Contrariando o que aprendi sobre os meios de transporte coletivo porto-alegrenses, decidi pegar um ônibus. Levei meia hora só para descobrir o ponto correto, e só decidi pegar um táxi quando meu atraso já era certo. ME ABANE TERESINHA!

Depois do pré-prova, o momento que eu mais ansiava: jogar sinuca. O Róger, que tem a incrível habilidade de descobrir todos os barecos e buracos com mesa de sinuca num raio de um quilômetro quadrado, nos apresentou ao Porto 10, lugarzinho show de bola com mesas muito boas (dava até pra jogar nelas!). Hoje foi meu dia de brilhar. Se tivesse ido tão bem na prova quanto eu fui na jogatina do dia, eu teria gabaritado biologia e química (geografia eu ainda teria errado aquela de Frederico Westphalen).

Como o pessoal ainda tinha fôlego de sobra depois de beber cerveja e sinuquear, fomos a pé, desde o bairro Floresta até o Parque da Redenção, algo em torno de 6 ou 7 quilômetros de distância. Uma verdadeira mixaria. No caminho, passamos pela Faculdade de Medicina e pela Escola de Engenharia mais uma vez. É um prazer incrível passar por um lugar e poder dizer “Puta merda, eu já me perdi aqui!” Coisas que só o vestibular faz por você...

Mas eu não tinha muito tempo a perder pois, para variar, precisava voltar para casa antes que o expediente dos trombadinhas e tarados começasse (8 horas) para jantar, e depois do jantar, me apavorar com a prova do dia seguinte: Física e Matemática.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Da série "Orkut a ver com as calças" (Parte 2)

Mensagem que recebi no Orkut:

Agora entendi pq tem gente sumindo da minha lista de amigos...
Repasse...

Eu que achei que era bobagem , retiro o que eu disse, pois os profiles ja começaram a ser deletados.
Reparem que a quantidade de amigos que vocês têm no orkut estão diminuindo.

FOI CONFIRMADO PELA REVISTA VEJA DE 10/06!!!

Pelo fato de haverem muitos profiles não ativos e pelo grande número de fakes existentes, o orkut está limpando seu cadastro.
Todas as pessoas que não repassarem essa mensagem em 48 horas terão seuprofile deletado e só poderão se recadastrar após um mês.

JÁ FOI CONFIRMADO E O GOOGLE JÁ ESTÁ AGINDO!!!

Para não ter seu orkut deletado, passe essa mensagem para as pessoas dasua lista de amigos.

Pergunta que se faz necessária: Alguém tem a Veja de 10/06?

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Oládenovo

Minhabarradeespaçoestáuquebrada,voltoapostarquandoelaestiverconsertada.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Aventuras Venturosas de um Vestibulando Vagabundo (Parte 3)

- 7 de janeiro de 2007

Dia da primeira prova. Comi um café da manhã rápido, porém reforçado, e fui pegar meu ônibus. O ônibus Glória. Foi uma simulação de como as vacas sentem-se dentro de vagões de trens cargueiros. E temo que uma importante Lei da Física fora completamente ignorada naquele veículo: dois corpos não podem coabitar o mesmo espaço ao mesmo tempo. De agora em diante, toda vez que vir a expressão "Foi a Glória", me lembrarei coxas masculinas suadas roçando na minha bunda. Não prolongarei a descrição deste quadro da dor. Desci do ônibus com alegria, apesar do receio de ter perdido naquela bagunça toda minha carteira e minha virgindade anal, e me dirigi até o portão de entrada do colégio Nossa Senhora da Glória, meu local de prova.

Como as provas duram até 4 horas e 30 minutos, é permitido ao vestibulando levar uma garrafa de água, suco ou refrigerante (será que permitem destilados?) para o local de prova. Sem o rótulo. Eu não me importo de ficar com sede, afinal, eu fui para Porto Alegre para conseguir uma vaga para o curso de psicologia, não tomar água. Mas aparentemente eu pertenço a uma minoria. A maioria foi lá para tomar água, só que é burro o suficiente para esquecer a garrafa em casa. Mas para resolver este problema, existem os oportunistas, como por exemplo, a direção da escola, que montou, numa posição estratégica, uma banca que vendia água mineral, e foi só abrirem os portões às 8 horas que um bando de tapados já foi puxando a carteira para comprar a sua. Bom, pelo menos poderiam ter vendido já sem o rótulo.

A escola é dirigida por freiras, e isso fez sentir-me praticamente em casa. Era tudo praticamente igual ao São José: os ladrilhos nas paredes, os corredores escuros e tortuosos, a crônica falta de banheiros masculinos, as escadarias que levam às celas das irmãs fechadas com grades de ferro. Faltava apenas uma coordenadora disciplinar com cara de maracujá de gaveta me xingando por respirar pelo nariz, a tia do SOE (mal)tratando-me como um delinqüente juvenil e uma desculpa para arrombar as grades de ferro e brincar de explorador. Ai, tempos de colégio que não voltam mais.

Na minha sala (no último andar, para variar), fiquei reparando nas pessoas que fariam a prova comigo... meus concorrentes. Fiquei pensando se deveria dar um cagaço neles fazendo pouco da prova quando nos fossem entregues os cadernos de exercícios, ou dizendo que nunca antes na minha vida tinha feito uma dissertação sobre um tema tão fácil. Fiquei quieto, pois apanhar logo no primeiro dia de vestibular não seria legal. A duas cadeiras de distância, do lado da janela, sentava uma gótica que, indiferente ao sol de rachar daquele dia, vestia roupas completamente pretas, com direito a um casaquinho para arrematar. O abobado do meu lado dormia. Duas outras gurias matraqueavam sem parar. Amigas de infância, provavelmente. Imagina se uma passa e a outra não...

Enquanto eu pensava que deveria ter enrolado mais no corredor para não ter que ficar esperando sentado na sala, os fiscais recolheram a cadeira que estava no corredor e começaram a ler o regulamento para nós. Enquanto liam, tive uma vontade louca de perguntar se eu poderia acender um baseado e fumar durante a prova, só para encher o saco, mas guardei esta bobagem para mim mesmo (mas se fosse permitido, aposto que o cara do meu lado iria puxar uma seda e começar a enrolar um). Depois, começaram a nos entregar as folhas ópticas, e quando uma pessoa não respondeu ao chamado do fiscal, não consegui deixar de exclamar “Menos um concorrente!” em voz alta. Aposto que todos os outros pensaram a mesma coisa. Ao todo, no primeiro dia, faltaram na minha sala umas 10 pessoas. Melhor pra mim.

A partir do momento que foi-nos permitido abrir os cadernos de exercícios, entrei em transe e não parei de responder as perguntas, até acabar com todas, para então ir para a pior parte de toda a prova: preencher a folha óptica. Pintar todas aquelas elipses a caneta é algo desagradável, especialmente se você for bocó e pintar duas na mesma linha, anulando assim, uma questão. O que é uma merda, sinceramente. Apesar de que seria divertido pintar a cara de um gatinho ou um bonequinho de palito desse jeito. Mas não valia a pena. O tempo de prova que me restava usei para escrever a redação.

Saí da sala preocupado, pensando em algo muito importante para minha vida: o que tinha para o almoço? Precisava voltar para casa. Por via das dúvidas, peguei um lotação, pois eu não queria saber como seria dentro do Glória cheio de gente com fome (vai que me comem?).

Às 3 horas, mais uma aula pré-prova. Para alegria geral da nação (e em especial, do Tio Mauri), não azucrinei na aula de química do EMOssexual, apesar dele afirmar categoricamente que a questão 24 , seu número preferido, seria sobre termoquímica (ele errou. A prova de química começa na questão 26).

Saí do Mauá só às 5 da tarde, e de lá, fui para o hotel Everest, usufruir dos direitos de hóspede do Tio Mauri e jogar sinuca, na companhia dele, Doug, Róger e Cris, que não pode comparecer à aula ontem por ter bebido um litro de vodka inteiro (ela deve ter sangue irlandês pra beber tanto assim), além de engraxar meus chinelos na máquina divertida do hall do hotel. Enquanto jogávamos e xingavam minha pouca habilidade (quase encaçapei a bola branca na lata de lixo do lado da mesa), ouvimos a história do Sergipano Louco, que veio desde Sergipe até o Rio Grande do Sul fazendo todos os vestibulares que encontrou pelo caminho. Há boatos que a CIA já está no encalço deste aloprado. A poltrona com rodinhas da sala de jogos era uma diversão à parte.

Mas a brincadeira não acabou por aí. Do hotel, saímos para dar uma outra voltinha no centro: fomos numa farmácia pra comprar gaze. Quase comprei KY, mas não me dignei a gastar 18 reais por um pote de vaselina (o genérico é 14). De lá, fomos para outro Zaffari, comprar mais comida. Aproveitei e peguei uma garrafa de chá gelado. 3 reais. Coisa cara.

De lá, fomos para o apartamento onde Róger e Cris estavam. “Apartamento” é apenas modo de dizer, pois o nome correto seria “apertamento”. No pequeno espaço de 3 metros por 4, dormiam 6 pessoas. Senti um calafrio correr minha espinha, e por algum motivo que ainda não consegui desvendar, subitamente lembrei-me do ônibus da manhã. Mas nem tudo foi ruim: aprendi a jogar dardos! É um joguinho muito divertido, pena que jogadores menos capacitados do que eu sempre estraguem o reboco das paredes e destruam os móveis próximos. Depois dizem que EU sou sem-noção...

Mas não podia me enrolar, e não muito mais tarde, tive que ir embora, pois meu retorno ao lar era imperativo. Para os mentalmente incapazes: precisava voltar pra casa. Sai com Tio Mauri e o acompanhei até a porta do hotel. De lá, saí apressado em direção ao ponto de ônibus. E adivinhem o que eu fiz? Me perdi mais uma vez. Só que desta vez caminhei tanto, mas tanto que fui parar do lado do Rio Guaíba. Olhei para a antiga sede da prefeitura e pensei de novo: “Da última vez esse prédio não tava aqui!”. E como uma barata tonta, sai a caminhar. Pensei em ir até a rodoviária, que não era muito longe dali, e pegar meu ônibus lá. Mas enquanto passava na Rua Voluntários da Pátria, rua que está para Porto Alegre assim como a rua da Nosso Pão está para Caxias, tive uma visão que encheu-me de alegria (não, não era um traveco): a Santa Casa. Um ponto de referência, o que significa que não precisaria ficar perdido!

Não há muito mais o que contar depois disto: cheguei em casa, comi e dormi (não sem antes ter que assistir o “Carros”). Quando me deitei, refleti sobre meu dia, e cheguei a seguinte conclusão: “devia ter trazido a bússola”. Ah! Pensei também: “Prova de biologia amanhã”. E dormi.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Aventuras Venturosas de um Vestibulando Vagabundo (Parte 2)

- 6 de janeiro de 2007

Fomos para Porto Alegre um dia antes da primeira prova, pois nosso cursinho, o Mauá, nos ofereceu (por módicos 10 reais o ingresso) a oportunidade de fazermos uma revisão pré-prova, antes de todas as provas. E como o pré-prova de português e redação seria às 9:30 da manhã, era bom que saíssemos cedo de casa. No carro, veio comigo outro guerreiro do vestibular, Tio Mauri, que trazia na mochila seus 5 livros do cursinho, uns dois ou três cadernos, quatro kg de comida e provavelmente aquele pneu velho que ele catou em Mostardas (melhor não contar essa história).

Fato curioso da viagem: vimos um fusca roxo berrante. Ainda compro um desses.

Já na Capital, fomos direto para a sede do Mauá para assistirmos ao nosso pré-prova. Não há muito o que comentar, exceto que o professor de português jurou que mudaria de nome caso não caísse acentuação na prova do dia seguinte e que descobrimos um novo apelido do professor de química (EMOssexual). Depois da aulinha, almoço. Eu e uns amigos (Babi, Nessa, Morgana, Tio Mauri e Roger) ficamos na entrada do cursinho olhando um para a cara do outro tentando decidir o que fazer. Numa crise coletiva de burrice, pegamos um táxi para irmos até o Colégio Rosário, que ficava à, no máximo, 500 metros de distância, o que me permite calcular que o preço da bandeirada do taxi aumenta 1 pila a cada 100 metros. Mas tudo bem. De lá, foi cada um pro seu canto. Eu fui pra casa da minha tia. Depois de uma bela refeição, uma bela sesta. E depois de uma bela sesta, uma violenta preguiça, preguiça esta que só me permitiu sair da cama às cinco da tarde, para ver o ponto onde eu pegaria meu ônibus, que diligentemente me levaria até o local de prova para o curso de Psicologia. Pegar o ônibus foi tão fácil, e andar nele também. Fiquei imaginando que todos os dias seriam assim tão fáceis. Quem diria que no dia seguinte minhas ilusões a respeito da qualidade do serviço de locomoção púbica, digo, pública de Porto Alegre seriam destruídas.

Depois deste passeio, outro: fui chamado pela mesma turma que me acompanhou no cursinho para ir até a rodoviária comprarmos nossas passagens. E agora, temos um capítulo crucial em nossa história, o que me obriga a contá-lo com o maior número de detalhes possível. Aqui vai nosso diálogo (hexálogo, já que estavamos em 6) com a mulher do guichê:

-Oi, moça, 5 passagens pra Caxias do Sul, pra quarta-feira às oito horas da noite.
-25 reais cada.
-Tem troco pra 50?

Mais pra frente vocês vão entender a moral deste diálogo besta ter sido escrito aqui.

Compradas as passagens, metemo-nas nos bolsos, caímos na gandaia e fomos caminhar pelo centro da cidade. Lugarzinho interessante: velho, fedido e apertado. Ainda assim, encantador. Caminhamos até chegarmos (novamente) ao Colégio Rosário. Não resistimos à tentação e resolvemos comer um cachorro-quente por lá mesmo. Mas não era qualquer cachorro-quente, era O Cachorro-quente do Rosário, o mais famoso da cidade (nem por isso mais caro). A fama é merecida, pois eu nunca pensei que colocar azeite de oliva por cima do queijo ralado pudesse dar um gostinho tão bom. Mas o dono da banquinha pensou. Ele merecia um Nobel.

Como a vadiagem não tinha mais fim, resolvemos ir no Zaffari para comprar umas porcarias pra comer, já que o que Tio Mauri tinha na mochila não iria ser o suficiente para os quatro dias. Eis que então recebo um amável telefonema de meu pai, me passando um belo sermão de como eu tinha deixado de comparecer ao jantar que minha tia tinha cozinhado especialmente para mim. Após este leve esporro, fiquei um pouco abatido, sem vontade de cantar uma bela canção. Mas deixei de frescura quando começamos a discutir com duas outras vestibulandas qual seria a melhor porcaria para comer durante a prova. Ninguém conseguiu pensar em nada melhor que puxar uma cuia de chimarrão e uma barra de rapadura gigante no meio da prova, talvez com a exceção do Cheetos bola (sabor queijo, aroma chulé).

Olho no relógio: são oito e dez da noite. Naquela mesma chamada-esporro, havia combinado com meu pai de voltar para casa às 20:30. Pensei comigo mesmo que chegaria na parada de ônibus às 20:20 e chegaria em casa na hora. Me despedi de todos e desembestei correndo pelo centro de Porto Alegre, na certeza de que acharia logo de cara o caminho. Mas algo de estranho estava acontecendo, pois não me lembrava de ter passado por nenhuma daquelas ruas. Vi que a coisa estava feia quando percebi que estava na frente da Escola de Engenharia da UFRGS, e não na parada de ônibus. Fiquei pensando "Quem é que colocou estes prédios aqui?!" enquanto eu andava agora na frente da Faculdade de Medicina. Estava perdido (vocês notarão que esta oração será uma constante nos próximos 4 posts). Em todo caso, consegui descobrir qual era o caminho certo, e peguei meu ônibus às 20:40. No outro dia, faria a primeira prova. A batalha já havia começado. Pensei em fazer como os membros da antiga seita dos Assassinos, que após começarem uma guerra fumavam haxixe e ficavam acordados até o final. Como eu não tinha haxixe, a única opção de alucinógeno era benflogin, mas eu não estava disposto a caminhar até uma farmácia pra comprar um remédio para dor de garganta que dizem ser chapante.

Decidi dormir mesmo.

Aventuras Venturosas de um Vestibulando Vagabundo (Parte 1)

Ah, o vestibular! O exame que é nossa porta de entrada para a universidade ou para a demência por esforços repetitivos, ou os dois em muitos casos, especialmente em vestibulares concorridos (leia-se "os de faculdades gratuitas"). Como bem sabem, submeti-me à prova da conceituada Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a UFRGS ("Urgues" para os íntimos), para o muito disputado curso de Psicologia. Eu poderia ter feito as provas (4 dias de pura animação e boas vibes!) em Bento Gonçalves, mas decidi fazê-las na nossa ilustre capital, Porto Alegre. Por que? Porque eu estava morrendo de vontade de cozinhar no concreto portoalegrense! E além do mais, se fizesse a prova em Bento, minha mãe querida me levaria todos os dias, todos os 60 quilômetros que separam Caxias do Sul de Bento Gonçalves. Não, isto não seria bom. Nem um pouco. É bem melhor pegar um ônibus de linha em Porto Alegre do que isto (isto é uma grande mentira, mas esta história fica mais para a frente).

Tinha planejado fazer um mega-post, com tudo o que eu queria escrever nele, mas como tenho muito trabalho pela frente, achei melhor apenas ir postando aquilo que tenho escrito por ora, separado por dias. Cada dia será um capítulo. Tipo em Camilo Mortágua. Aguardem.


PS: Sem fotos, sinto muito. Não consegui passar as imagens do meu celular para o PC.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Eu estive pensando...

... e cheguei a seguinte conclusão:




















































































































































































































devo parar de pensar.

É...

Pois é, dia 18 passou em branco.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

É amanhã

Amanhã é o aniversário do blog, e eu prometi um post muito especial pra esse dia.
Vocês acham que rola??











































Eu também não.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Desculpa do Dia

Desculpem a falta de atualizações, é que eu ando muito ocupado fazendo nada.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Blog musical que é uma jóia

Recomendo o seguinte blog:

http://arquivossonoros.blogspot.com/

De Bruno & Marrone à Gonzaguinha: só coisa fina.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Notícias Fresquinhas de uma Cidade Quente pra Caralho

Hoje acabou o vestibular, finalmente, e amanhã, volto para a maravilhosa Gringolândia, Caxias do Sul. Quando eu estiver bem instalado na cadeira do meu computador, farei o meu relatório diário do meu exame (e sim, falarei sobre a experiência de andar de ônibus em Porto Alegre). Vai ter até fotos. Aguarde (ou não).

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Vai começar o baile

Chegou a hora! Amanhã, sábado dia 6 de janeiro de 2007, vou-me para Porto Alegre, pois domingo começa o exame vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

E já não era sem tempo pra esta merda começar.

Farei um relato diário dos meus feitos nas provas da UFRGS e das minhas peripécias na capital gaúcha. Era isso, e até mais.