terça-feira, 28 de agosto de 2007

As 10 Piores Coisas que Fazem bem pra Você

Copos de cerveja evitam doenças cardíacas e chocolate previne câncer? Saber que as coisas que normalmente eram rotuladas como “porcarias” para você comer, beber ou inalar são, na realidade saudáveis, soa como música para nossos ouvidos. Portanto siga em frente e aproveite estes remédios que fazem mal para você, mas com moderação até que saia o próximo estudo que inevitavelmente irá negar as pesquisas anteriores.

As 10 Piores Coisas que Fazem Bem pra Você

Bom, clique no link, leia e depois veja se concorda comigo: posso concordar em classificar tudo nessa lista como "piores", coisas ruins para nós. Até a luz do sol que é necessária, mas causa câncer, ou o chocolate, que é bom, mas engorda, por exemplo. Até ignoro o fato de terem esquecido que a Raiva causa ÚLCERA também.
Só nao consigo ver o item número 1 como uma coisa ruim. Mal visto, talvez, pelos bobocas de saia da igreja. Cerveja sim, faz mal e faz bem. Café sim, faz mal e faz bem. Mas o item número um só concorda com os outros num fato: faz mal se for mal feito.


That'd be all, folks.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Semana do Pura Bucha

Gente, na próxima semana não vou estar postando (viva o gerundísmo), por causa dos estudos. Semana que vem será a semana de comemoração do Dia do Psicólogo, a que convenientemente chamo de "Semana do Pura Bucha", pois metade dos professores decidiu dar trabalhos escrotos. Vou tentar (eu disse "tentar") escrever alguma coisa, deixar meio pré-pronto pra postar se sobrar algum tempo.

Abraços
Tenho que estudar

Eteeeeeeerno! *.*

Copos assim se fazem aproveitar uma boooa festa. Oktoberfest em Munique, Alemanha.

Eu queeeero... *_________________*

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Da Série "Orkut a ver com as calças" (Parte 7)

Mais uma do Orkut e suas mensagens. Comentários em azul:

Olá....sou a CIGANA CRYSTALLYA.....faço leitura de BARALHO CIGANO [putz, que merda! Uma cigana que lê baralho cigano. Queria que ela fizesse leitura de Baralho de Truco].....
pelo msn cobro R$15,00 [olha a criatividade do povo brasileiro! Mas daí, quem me garante que ela esteja realmente lendo o baralho cigano ao invés do Baralho de Bisca?]
Deixe seu e-mail para fazermos contato e por onde poderei passar todas as informações para que sua leitura se realize [ou seja: tu tem que passar o número da tua conta bancária e a senha pra saber teu futuro].
Te aguardo Visite minha comunidade ...lá respondo a uma pergunta através da leitura do Baralho Cigano.....confira

Da Série "Orkut a ver com as calças" (Parte 6)

Mais uma vez, recebi uma mensagem muito bizarra no Orkut:


assunto: QUER VER QUANTO CUSTA SAIR COM UMA GLOBAL?

acesse e veja quanto custa uma noite ao lado de DANNY BANANINHA,GATAS DO BIG BROTHER,NINFETINHAS DE MALHAÇÃO.veja o cachê para uma simples comemoração ou algo mais picante.veja grátis em [LINK SUSPEITO]

Eu sempre penso no tipo de infeliz que copia e cola estes links no navegador dele (considerando que alguém ainda faz isso, pois ainda mandam este tipo de porcaria por e-mail e orkut). Sério, será que ele realmente pensa que, se a Danny Bananinha, as gatas do BBB e as ninfetinhas de Malhação fazem programa, vai sair por só uma coxinha e uma sukita?

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Coisas que aprendi na Faculdade (Parte 34)

No início do ano, meu professor de Filosofia disse que nos tornaríamos desonestos ao longo do curso. Por causa da carga de leituras absurda, iríamos matar aulas para ler, ler durante as aulas ou mesmo deixar de pegar polígrafos por não gostarmos da cadeira/professor/assunto/pressão atmosférica. No final de semestre, juntando tudo isso com os trabalhos e provas, faríamos muito pior. Não acreditei.


Ele estava certo.

Aloprando em Curitiba (Parte 6)

Dia III: Saíndo do Armário
Parte III - Meio da Tarde

... Pois é. Já deve ter dado pra notar que tinha me metido em furada. O GDV começaria lá pelas 14:30, 15 horas. Tinha impressão de que a coisa iria longe e que a discussão seria brutalmente chata. Já estava arrependido de ter me oferecido como voluntário, mas era tarde. Não iria refugar.

Três tipos de pessoas vão nestes grupos de discussão: voluntários como eu, desavisados que não sabem o que têm pela frente como meu colega Álvaro (que não aguentou 30 minutos) e os que gostam de debater estatuto. Tenham medo, muito medo deste tipo de gente. Eles eram maioria naquela salinha do canto do Cecília. Não lembro de todos eles, mas dos mais falantes é impossível esquecer. Darei uma breve descrição de do histórico e personalidade de quem eu lembrar. Pensem nisto como sendo o Street Fighter, e os participantes dos GDVs como os personagens. Ei-los:


Santiago - O paulistano mais paulistano de toda São Paulo. Cara gente boa mas com péssimo gosto para hobbies. Da mesma forma que eu, está envolvido neste tipo de indiada desde o primeiro semestre de faculdade. É debochado ao extremo, mais do que eu, e não vê nenhum problema em descer a lenha em ninguém. Pensem nele como sendo o E. Honda do Street Fighter II, só que com uma suissa maior e com cabelo curto. Estuda na Universidade de São Paulo (USP) e vai dessa para melhor este ano (se forma, quero dizer).

Leo - Esse cara estava na organização do ENEP inteiro, fez parte de umas 2 mesas-redondas, e quando precisava de um porta-voz, era ele quem dava as caras. Devia ter falado nele em posts anteriores, mas memórias encobridoras me impediram, por causa de sua voz extremamente irritante. Não que a voz dele realmente seja irritante, mas tive que ouvi-la tantas vezes por tanto tempo que fico nervoso só de pensar nela. É educado, tem fala macia (e chata), e é metido em politicagens até o pescoço. Parece o Dhalsim, só sem aquelas pinturas no cucuruto. Estuda na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Minerim - Não lembro o nome dele, infelizmente, pois é um cara legal, apesar de gostar de falar de estatutos. Como um bom mineiro, é bencalmim e fala "trem". Comparando com personagens do Street Fighter, ele é quase um Zangief, só que mais cabeludo, mais barbudo e menos musculoso (e mais simpático). Estuda na Pontíficia Universidade Católica (PUC), só não me pergunte qual, por que o ônibus que veio de Minas Gerais trazia estudantes de 4 PUCs diferentes.


Carioca Chata do PT light - O apelido diz tudo: carioca, chata e petista. Nada contra petistas. Não gosto da oposição também. Tem uma voz verdadeiramente irritante. Eu pensei em dizer que ela é parecida com o Blanka, mas como me sinto generoso, digamos que ela parece a Sakura (do Street Fighter, não a Card Captor!). Vocês decidem o que vocês preferem. Estuda na PUC do Rio de Janeiro (PUCRJ).

Peguete da Carioca Chata - Entrou mudo, saiu calado. Ou pelo menos, não disse muita coisa. Nem me dou ao trabalho de procurar algum personagem para representá-lo. Acho que estuda na PUC de São Paulo (PUCSP).

Amanda - Garota muito legal. É engajada em política a ponto de ser a organizadora do GDV de Estatuto. Parece a Shun Li com roupas de gente. Estuda na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Andarilho (eu) - Esquizóide, paranóide e debilóide por ter entrado numa furada dessas. Não gosta de gente prolixa, que por incrível que pareça eram os mais numerosos neste GDV. Gosta de cookies. Parece com o Ken (não o namorado da Barbie). Estuda na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Ao contrário do que parece no capítulo anterior, esse GDV não foi nada empolgante. Aposto que mesmo o Narrador da Seção da Tarde seria incapaz de narrar esta porcaria de forma positiva (Essa galerinha do barulho vai passar por altas discussões para decidir um alto estatuto da pesada). Foi tão chato que, se desse para pedir reembolso de tempo perdido, pediria 6 horas da minha vida de volta.

No começo da discussão, a Amanda fez uma dinâmica de grupo (por que psicólogo a-d-o-r-a dinâmica de grupo), com umas frases no quadro, onde tinhamos que identificar quais faziam parte do estatuto da CONEP. A única coisa que prestou desta dinâmica foram os comentários do Santiago, que escreveu o estatuto, como "Esse parágrafo é um frankenstein, meu!" ou "de onde cê tirou essa daí, da proposta que a Conlute queria nos empurrar goela abaixo?". Depois, começamos a ler o estatuto de cabo a rabo. Para variar, um ou outro idiota ignorava que estavamos apenas lendo, e ficava reclamando do inciso 7 do parágrafo 4 da seção III. Daí, foi um pulo para um discussão sobre o status do Movimento Estudantil no Brasil. Era interessante, mas fugia do assunto de uma maneira indecente. Mesmo assim, valeu a pena pra ver o Santiago falar do DCE de misses e playboys que foi eleito na USP por ter feito uma proposta de gestão de 1 página onde a palavra "festa" aparecia 7 vezes e chamar alguns antigamente opositores da UNE de "UNE-boys" e ver a Carioca Chata ficar louca da vida, reclamando que "Não era assim que se fazia movimento estudantil, cara!". O Minerim falando dos anarquistas da universidade dele avacalhando com o DCE também foi legal. Meu colega Álvaro estava lá também, não aguentou e foi embora. Claro, ele podia. Depois disso, voltamos a ler, mais uma vez desde o início, mas fazendo destaques do que achávamos importante. Foi mais ou menos assim: a Amanda lia "Seção II", o Leo levantava a mão e pedia "Destaque". Praticamente todo o estatuto foi destacado por ele. Considerando que avaliaríamos apenas os destaques, seria uma loooonga tarde. Acredito que todos fizeram algum tipo de destaque, inclusive eu (estava duvidando de que o ENEP sairia anualmente). Foi aí que começou a merda toda.

Discutiríamos os destaques. Todos teriam direito a voz e voto. Se quisesse falar, teria que se inscrever, e quando chegasse sua vez, poderia falar até dois minutos. Repito: ATÉ dois minutos. Acho que só eu segui essa regra. Esta parte foi tão chata que vou resumir o máximo possível. Basicamente, passamos uma hora e meia discutindo os dois primeiros destaques, que eram os mais mixurucas. Me indignei com a falta de objetividade do povo e abri a boca. Andamos mais um pouco. O Leo e a Carioca Chata se puxaram para serem murrinhas. Ela especialmente. Houve um momento que eu cansei, simplesmente não SUPORTAVA MAIS simplesmente OUVIR a voz horrorosa dela. Eu pensava "Já deve ter passado dos dois minutos há muito tempo". Foi quando ela finalmente tomou cortaço, pois ficou falando por 5 minutos. Mais duas horas depois, reclamei de novo, pedindo por respeito ao regimento da discussão, pois, se não éramos capazes nem ao menos de respeitá-lo que dirá de um estatuto. Aliás, o regimento interno foi jogado fora. Tinhamos estipulado um prazo de terminar a discussão até às 18:00. Ficamos lá, cozinhando em água fria, até às 19:30. Deadlines are for sissies. Prazos são para frescos. Claro que reclamei da falta de respeito pelo horário.

Falando assim, parece que eu era o mais reclamento. Pelo contrário, eu era o segundo mais quieto da sala (atrás só do Peguete da Carioca Chata). Talvez se tivesse falado mais aquela merda tivesse acabado mais cedo, mas não sentia que tinha nada para contribuir com a discussão. O que falei de relevante foi ignorado pelos outros. Bem, dane-se, fiz minha parte e falei o que achava.

Já eram 19:30, e estávamos ficando com fome. Decidimos continuar a discussão na manhã seguinte.Fiquei estupendamente feliz quando eu perguntei "acabou?" e responderam que sim. Não fiz a menor cerimônia de sair correndo da sala para jantar. Foi um prazer hedonista tremendo. Sabia que teria que sofrer de novo no dia seguinte, perder a chance de fazer uma atividade bacana para ficar ouvindo lero-lero de politiquentos. Mas naquele momento, naquela hora, eu podia comer. E eu ia. Comer um xis no Alemão, era tudo que eu queria.

Continua...

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A Verdade me confunde

ATENÇÃO: o seguinte texto não é engraçado. Se você procura rir, ignore-o.

A história da Psicologia no Brasil é muito interessante e curiosa, pois seus cursos de graduação foram criados por interesse e iniciativa não de psicólogos, mas acadêmicos de outras áreas, interessados em estudar a mente humana usando as ferramentas à sua disposição. Este quadro criou uma certa dicotomia, pois, os cursos eram criados ou em instituições universitárias de ciências naturais, como Medicina ou Biologia, ou em faculdades de ciências humanas, em especial de Filosofia. Acredito que seja desnecessário falar a respeito das diferenças práticas e teóricas existentes entre a Medicina e a Filosofia. O curso de Psicologia da UFRGS foi criado com o Departamento de Psicologia, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, sendo que tornou-se um Instituto em separado apenas em 1996.

Como bem disse minha professora de História da Psicologia, nosso curso é único, pois só nós temos aulas de Fisiologia e Filosofia na grade curricular. Vamos de um extremo a outro com muita facilidade: do cientificísmo puro e aplicado, até quase o esoterismo. Tudo isto pode ser enquadrado na Psicologia. Talvez esteja exagerando, mas isso não ao caso. O que importa no momento é que somos apresentados a uma vastíssima gama de teorias paralelas altamente discrepantes entre si. Todas elas se sobrepõem em algum momento, explicando o mesmo fenômeno de maneiras completamente diferentes. E não podemos descartar nenhuma teoria, pelo menos não completamente, pois dada a dificuldade de estudar algo tão abstrato e elusivo como a mente humana, dificilmente temos os meios de refutar ou comprová-las. Talvez até possamos, e este é o ponto que quero tocar.

Escrevi os dois primeiros parágrafos inteiros apenas para demonstrar que sofremos fortes influências da Filosofia, e que por causa disso, somos constantemente assolados por questionamentos filosóficos profundos (sem falar que nossa vida fica muito mais complicada quando temos que escrever um texto filosófico sem usar termos como "Ontologia" e "Epistemologia", por que o público-alvo não tem este conhecimento a priori). Estou com uma séria dúvida agora, a respeito das teorias que falei.

De fato, elas são muitas e muito variadas. Frequentemente, são diametralmente opostas entre si. Mas apesar de tamanha variedade, consigo identificar dois grandes grupos de teorias: as Poéticas e as Objetivas. Poderia ter escolhido nomes mais exatos, como "Sofistas" e "Socráticas", mas prefiro nomes mais acessíveis, pois, tirando os eventuais colegas meus que visitam este blog, poucas pessoas aqui estudam filosofia de maneira tão hardcore como eu (a não ser que a UCS tenha arranjado mais uma cadeira caça-níqueis para os cursos da Informática, né Huginn e Lady Hell?).

Enfim, dividi as teorias nestes dois grandes grupos baseado em seus pontos comuns mais evidentes. Os autores das linhas Poéticas são na grande maioria das vezes refinados, com um ar de nobreza e inteligência inatingíveis por meros mortais. E eles fazem questão de demonstrar isto quantas vezes for possível. Com freqüencia, possuem seguidores. Sua obras são volumosas, cobertas por um verniz de intelectualismo, cheios de palavras e conceitos complicadíssimos, incompreensíveis, até. Os autores Objetivos, por outro lado, são um tanto quanto apagados, "plebeus" por assim dizer, muito parecidos ou iguais a qualquer pessoa sobre a face da Terra. Seus textos são, pelo menos comparando com as obras Poéticas, mirrados em páginas, despojados de intelectualismo e conceitos técnicos cabalísticos, contendo apenas o que o autor considerou essencial, escrito num estilo muito simples.

Tanto os Poéticos quanto os Objetivos demonstram interesse em propagar seu conhecimento, mas diferem radicalmente na forma como o fazem. Para ser capaz de compreender o que um Guru Poético ensinou, é necessário primeiramente ser aceito em um grupo de seus seguidores, tornar-se parte de seu séquito. Feito isso, precisa-se estudar por anos, todos os textos que o Guru escreveu. Começa-se pelos escritos mais básicos, que pertencem ao Senso Comum, e ir evoluíndo para os mais avançados e arcanos, sempre procurando absorver, sugar seu conhecimento, entender suas explicações do mundo, tornar-se imagem e semelhança do Guru. Feito isso, você pode ser considerar um Fulanista: um seguidor do Fulanismo, que foi criado pelo grande guru Fulano. Você fez um bom investimento, já que o conhecimento adquirido neste processo é eterno e infalível.

Já com os Objetivos, a coisa já é mais sem graça: você apenas entra em contato com alguma teoria de algum autor, lê, estuda, analisa e vê se é racional ou não. Se você considerar racional, aceita e põe em prática (ou pelo menos tenta por em prática). Caso contrário, jogue fora e procura alguma outra teoria que seja compatível com sua lógica. O problema é que o conhecimento dos Objetivos já vem com prazo de validade, e precisa ser trocado assim que você encontra uma teoria melhor que a que já conhecia.

Acho que divaguei para muito longe da Psicologia. Observei estas duas correntes no meu curso, e devo admitir que sinto-me atraído pelos Objetivos. Talvez por causa de algum fator da minha personalidade, ou por pura ignorância. Não sei dizer bem o porquê. O fato é que, tenho muito mais aulas e explicações sobre teorias que escolhi chamar de "Poéticas" do que sobre as que chamei de "Objetivas". E cada vez mais, percebo que vou na contramão de meus colegas, cujos olhos brilham com as intrincadas e poéticas explicações de certas aulas. Quando pensei no meu apelido para postar no blog, pensei em "Andarilho" por que todo andarilho é solitário por natureza. E estou só nesta jornada, ou pelo menos não tenho muitos companheiros de viagem (que, imagino, preferem a expressão "amolação de facas" à jornada).

Resumindo toda minha dissertação, todos nós buscamos a Verdade, mas de formas diferentes. Muitas pessoas procuram uma explicação convincente, perfeita, que crie um mundo perfeito onde qualquer coisa pode ser explicada (uma Fulanolândia, por assim dizer). Uma vez que encontram esta explicação, se acomodam e se contentam em explicar tudo. Algumas outras, bem poucas, nunca se acomodam, e procuram sempre a Verdade absoluta. Constantemente questionam seu conhecimento, e buscam algo melhor, mais completo. Nunca a encontram, pois parece que sempre falta metade do caminho para percorrer, por mais que tenham caminhado. Portanto, nunca descançam.

Tudo o que vivi me levou a acreditar que a melhor forma de buscar a Verdade incansavelmente, nunca se dando por satisfeito com o que se sabe. Mas agora, depois de ver que tantas pessoas inteligentes preferem acomodar-se com uma explicação convincente o bastante para parar de procurar, fiquei em dúvida. Está é a dúvida filosófica que me assola: qual é o caminho certo?

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

< / nerd >

Pessoal, vou postar nisso até o dia que eu morrer... e depois também.





=D

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Aloprando em Curitiba (Parte 5)

Dia III: Saindo do Armário
Parte II - Início da Tarde

... E os chicletes não adiantaram pra muita coisa, pois fiquei arrotando alho por mais um bom tempo (que finésse esse começo de post!). Mas almoçado eu já tinha. Precisava me concentar em outra necessidade básica: minha higiene. Para variar, esqueci o xampu e o condicionador no alojamento. Não iria comprar merda nenhuma, então peguei emprestado. Precisava de uma sacola plástica para colocar minha toalha molhada depois do banho, afinal de contas ela iria ficar na mochila de outra pessoa por pelo menos 4 horas, e a não ser que eu quisesse ser ingrato e criar uma colônia de fungos nas coisas do Daniel, um certo isolamento material era necessário.

Passei no mercado, procurando alguma coisa para comprar e ganhar uma sacola plástica de presente. Achei numa geladeira mais para o fundo do estabelecimento um estoque de latinhas de Lipton Ice Tea, e geladas! Mataria dois coelhos com uma caixa d'agua só (até por que a do alojamento ainda deveria estar pela metade), e consegueria uma sacola e um chá gelado depois do almoço. Cheguei no caixa, paguei e fiquei esperando pela sacola. Fiquei olhando para a cara da caixa, e quando eu percebi que a sacolinha não iria criar-se espontaneamente no ar, pedi por uma. Meus problemas estavam resolvidos, pelo menos por enquanto.

Hora do banho! O chuveiro do Cecília era infinitamente mais asseado do que o do Aljazera. Dava até pra sair limpo de lá! Como é de praxe neste tipo de evento, havia 2 chuveiros no banheiro, mas só um esquentava a água. E como quase todo mundo quer banhinho quente, tinha fila para este chuveiro. O Santiago, o paulistano mais paulistano de toda a São Paulo, já disse que ele era o primeiro da fila para o banho quente. Usando a lógica, resolvi tomar banho frio mesmo, pois era muito difícil que alguém mais estivesse disposto a fazer isso, além de ser mais rápido (por motivos óbvios).

Enfim, a higiene se fazia presente em minha vida, e poderia finalmente mexer no meu cabelo sem ficar com a mão engordurada. Poderia então cumprir minha missão. "Missão?!?! Que porra que ele tá falando?" vocês devem estar se perguntando. Sim, tinha me oferecido como voluntário para participar do GDV mais casca-grossa de todos: o de estatuto do Conep (Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia). Em condições naturais de pressão, temperatura e retardo mental, eu nunca participaria de uma coisa dessas. Aliás, quando vi o GDV de estatuto na programação a primeira coisa que pensei "nesse daí, nem a pau, Juvenal". Mas é, eu fui. E como voluntário. Tive bons motivos para isso, contudo. Rolavam boatos que havia aparecido uma proposta completamente nova de estatuto, que mudaria tudo. Geralmente, quando uma coisa assim aparece, é algum partido ou movimento político, geralmente de extrema esquerda, tentando fazer com que um movimento estudantil trabalhe para sua causa. O P-Sol, o PSTU, o PCO e a Conlute (Coordenação Nacional da Luta Estudantil) já fizeram dessas, como propor que a Conep se declaresse contra a guerra no Iraque porque, claro, se o Bush soubesse que os estudantes de Psicologia brasileiros são contra a guerra no Iraque ele iria se sentir tão culpado que ele iria tirar todas os seus soldados de lá imediatamente.

Mas, se a proposta era completamente nova, com certeza não seria tão simples (e estúpida) como o exemplo citado. Seria necessário um guardião implacável, aguerrido, corajoso para impedir que tal infâmia se abatesse sobre o estatuto. Mas quem seria este bravo? Um gaúcho, centauro dos pampas, claro! E quem melhor do que eu, Andarilho, calouro, perdido como peido em bombacha, para desempenhar tão importante missão?

Continua...

Coisas que aprendi na Faculdade (Parte 33)

Lei de Murphy para universitários:

Quando você estiver em dia com as leituras das aulas, todos os seus professores, ao mesmo tempo, vão resolver passar 2 textos a mais para o dia seguinte.

Como diria o formando Tales: "Gurizada, xerox é enganação. Peguem só a metade dos xerox que os professores dão, e leiam só a metade do que vocês pegarem. Pensando bem, peguem só um quarto dos xerox."

Filmes para Nerds

- Do outro lado da rede
- Edward mãos de impressora
- Apertem os cintos, o sistema caiu
- Desejo de formatar 44
- O PC de Rosemary
- Deletar nunca, formatar jamais
- A primeira conexão de Jonathan
- Duro de deletar
- Querida, formatei o winchester
- A insustentável leveza do C
- Log para entrar, reze para sair
- Clipper, o golfinho
- Se meu Windows funcionasse
- A volta dos mouses vivos
- O dia em que a Internet parou
- Windowsnic
- ... E o vírus levou




=D

Flash Pops!

Assistiu muita TV quando era pirralho(a)? Sabe de cor a música do seu desenho? A mãe via novela e você decorou a vinheta?

Teste seus conhecimentos neste jogo. Eu acertei 24 temas. Tem muitos que reconheci e não me lembrava o nome do programa, ou ainda, não sabia o nome dele em português XD.

Vamos lá! Eeenjoy!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Aloprando em Curitiba (Parte 4)

Dia III: Saindo do Armário
Parte I - Manhã

Mais um dia por Curitiba, mais uma manhã sem tomar banho... pois a caixa d'água ainda estava enchendo. A organização do evento dizia que ao meio-dia poderiamos tomar usar a água normalmente. Mas meio-dia era uma previsão otimista demais, e não demorou muito para mudarem o prazo para às 13 horas. Que depois deve ter sido mudado de novo para bem mais tarde, mas não fiquei muito tempo por lá para descobrir. Já tinha passado da hora do café da manhã no Cecília Meirelles, mas convenientemente o bar da escola onde estavamos alojados resolveu fazer "hora extra", vendendo pão com margarina, banana e café. Conveniente e prático. E o pão francês não era dormido como eu me acostumei a comer em Porto Alegre (já que é mais fácil comprar um pacote de pão de sanduíche e comer até ele mofar).

Como deve ter dado para perceber, acordei tarde, pelo menos tarde demais para as mesas-redondas e atividades da manhã. Não me preocupei muito com isso na hora. O banho diário era mais importante. Separei minhas roupas e minha toalha, e pedi para o meu colega Daniel , grande conhecedor das estátuas do Instituto de Artes da UFRGS, guardar na mochila pequena dele, para levar e tomar banho na sede mesmo.

Não me lembro muito bem dos detalhes desta parte do dia. Lembro que eu e o Daniel fomos a pé do Aljazira até o Cecília, e almoçamos no Alemão, pois já era quinta-feira, e não tinhamos comprado tickets de alimentação para o dia, coisa que deveriamos ter feito para o resto da semana. O boteco onde comemos tinha bifê livre por R$ 5,50, ou coisa assim, mas o dono era gente boa, e fez uma promoçãozinha, e por 7 pila ganhavamos um suquinho. Tá, foram só 50 centavos de desconto, mas ainda assim era mais dinheiro para gastar em alguma outra porcaria.

E não levou muito tempo até eu achar alguma coisa para gastar. Desesperado que estava para comer alguma coisa temperada decentemente, peguei macarrão ao alho e óleo. Uns chicletes eram obrigatórios naquela altura do campeonato.

Continua...

Coisas que aprendi na Faculdade (Parte 32)

A faculdade pode ter Data Show em todas as salas, mas isto não quer dizer que todos funcionem perfeitamente. Manutenção é coisa de frutinha.

domingo, 12 de agosto de 2007

Coisas que aprendi na Faculdade (Parte 31)

Dicas de Ouro para a UFRGS

1- Campus do Vale:
A) Não pise na grama do Campus do Vale. Os cachorros cagam nela. Muitos cachorros.

B) Não importa qual o seu curso, ou quantas vezes você vai para o Vale por semana, o Homem das Pastilhas vai te abordar com a famosa frase "Compra uma balinha pra ajudar o amigo?" ou "Tem um V.T.* pra ajudar o amigo?". Esteja preparado.

C) Se você sentir um cheiro forte de queimado em algum lugar mais isolado do Vale, não tenha dúvida: é maconha.

D) Quer almocar por R$ 1,30? Entre na fila cedo.

E) Prepare-se: o Vale é o lugar das revolucões estudantis. Semanais.

2- Campus Saúde:
A) Não tente atravessar o campus para chegar mais rápido do outro lado, a não ser que você esteja disposto a pular algumas muitas grades.

B) A Medicina reina no Saúde, e de modo geral, na saúde inteira também. Por isso, todos os prédios do campus terão, pelo menos, um andar inteiro dedicado exclusivamente à Medicina.

C) Use o seu cartão universitário pendurado como crachá, pra ficar com cara de "dotô".

D) Desconfie de quem usa crachá do Hospital de Clínicas. Ele provavelmente se tornará um médico.

E) Ao contrário do Campus do Vale, o Campus Saúde tem muitas alternativas para rango, pois há sempre um bar por faculdade. O melhor de todos, claro, é o da Medicina. O pior, claro, é o da Psicologia.

F) Idolatre Folha e Pretinha, os cachorros vira-latas do campus.

G) A FABICO** (Faculdade de Bilhar e Confraternizacão) oferece uma cadeira sui generis para todos estudantes da UFRGS: Sinuca em Condicões Adversas I, II, III e "Mais que 3 em números romanos".

H) Os administradores das faculdades deste campus são os mais cagados de toda a universidade. Portanto, tenha sempre sua carteirinha em mãos se quiser entrar em qualquer um dos prédios.

3- Campus Centro:
A) O lugar é velho. Brinque de "Indiana Jones e as Ruínas Gaudérias" enquanto você fica perdido ali dentro.

B) Tal como no Vale, o Centro é terreno fértil para agitacões estudantis.

4- Campus Olímpico (ESEF):
A) Fique gritando por "RU na ESEF JÁ!" sempre. Mesmo que o reitor já tenha se comprometido a construir um até o final do ano.

B) Aliás, fique gritando "RU na ESEF JÁ!" mesmo depois que o RU tiver sido construído.

5- Instituto de Artes:
A) Cuidado: o teto pode cair no seu cucuruto a qualquer momento.
B) Se quiser colar um cartaz em algum mural, você terá que preencher um formulário, mostrar a autorizacão da reitoria e acender uma vela para Santo Expedito. E torcer para que o funcionário que cola os cartazes não esteja de greve.
_________________________________

*V.T. - Vale Transporte. O Campus se chama "do Vale" por que você à falência sem as fichinhas rosas que te garantem meia passagem.

**Também conhecida por FABICOnha e FABICanha.

sábado, 11 de agosto de 2007

Aloprando em Curitiba (Parte 3)

Desculpa ai pra quem não tem tempo de ler todo esse catatau no trabalho (vulgo Michereff). Os próximos posts vão ser quebrados em várias partes. "Aloprando em Curitiba" vai ser a última série de indiadas minhas por aí, pois já me falaram várias vezes que os textos estão muito compridos, que eles tem que ser curtinhos. Certo, os próximos serão mais quebrados, mas vai a ser a primeira e última vez que faço isso.

Dia II: O Começo pra Valer

Depois da tempestade, vem a calmaria. Depois de toda festa, vem a porquice. Não precisem nem ao menos sair do saco de dormir para descobrir que o resto do alojamento estava uma imundície perfeita. Mas tive o prazer de ver a merda com meus próprios olhos, pois precisava tomar tirar água do joelho e tomar banho. Fui para o banheiro masculino. Olhei para o mictório, cheio de mijo até a boca, e pensei: já sou grande, posso segurar até achar um banheiro limpo. Tinha medo de transbordar no meu pé. Dei uma conferida nos chuveiros. O chão estava coberto com uma camada (que espero ser) de barro. Não queria arriscar pegar gonorréia ou coisa parecida pelos pés, e resolvi procurar outro lugar para tomar banho. Havia o infame banheiro unissex, no mesmo corredor de nossa sala. A pia de lá estava toda vomitada, mas era um lugar bem mais agradável para se tomar banho porque, afinal, era possível sair limpo de lá. Estava deveras preocupado com a minha pulseirinha amarela "Grita LUXO!!!", pois ela era de papel, e era a única coisa que me permitia entrar e sair do alojamento e dos eventos do encontro sem problema algum. E não dava para passar 5 dias sem banho só por causa da pulseirinha. Mas ela agüentou, até mais do que eu (FATO: as pulseirinhas só cairam do meu pulso dia 1 de agosto, depois de eu ter passado a faca nelas).

Uma ducha depois, já estava pronto para o começo oficial das atividades do encontro. Havia muitas modalidades de eventos. De manhã, ocorreriam apenas as mesas-redondas, que contavam com algum convidado (mais ou menos) ilustre, que faria uma breve palestra, e depois responderia à algumas perguntas. De tarde ocorreriam os GDV's - Grupos de Discussão e Vivência - onde ocorreriam debates sobre questões relativas à psicologia no Brasil, como reforma curricular, os NV's - Núcleos de Vivência - que seriam mais voltados para a prática de alguma atividade, seguida de um debate, e as oficinas, que seriam atividades mais lúdicas, como Tai Chi Chuan e Massoterapia. À noite, ocorreriam os ELO's - Espaços de Livre Organização - que eram organizados espontaneamente, por qualquer participante do encontro, para discutir qualquer assunto de interesse. Pessoalmente, considero os ELOs a parte mais legal do ENEP, por permitirem uma flexibilidade muito grande para os estudantes se articularem.


Chegando no Cecília, fui pegar meu café da manhã: maçã, suco de caixinha e um sanduíche. Basicamente, o que como em casa de manhã. Bom o bastante, mas restava saber se o almoço valeria o seu preço.

Para tristeza minha e do Daniel, Suely Rolnik não apareceu para sua mesa-redonda, por causa dos problemas que ocorriam no aeroporto de Congonhas. O jeito foi improvisar e procurar outra mesa-redonda que fosse tão interessante quanto a dela. Entrei na mesma que alguns colegas meus entraram, sobre o ensino de Psicologia no Brasil. Empolgante como corrida de lesma. Tanto eu quanto meus colegas aguentamos bravamente 5 minutos daquela conversa, antes de sair da sala e voltar a viver. Depois de 30 segundos para recuperar a atividade cerebral, fomos para outra mesa-redonda, muito mais interessante, onde um jornalista falava a respeito da Comuna de Oaxaca.

Lembro de ter feito também uma oficina de Tai Chi Chuan, mas não lembro muito bem o horário. Se não me engano, foi logo depois desta mesa-redonda. Foi bem divertido, mas acabou meio cedo. Deu tempo ainda de descobrir que os outros Urguenses estavam numa oficina de líquidos, onde eles brincavam de fazer suco com as combinações mais bizarras possíveis (como alface, laranja e tomate). Divertido.

Chegou a hora do almoço, e de ver se os 3,50 que gastem foram investidos de maneira adequada. Sinceramente, já comi coisa muito melhor por muito menos (viva o RU!). A bóia do dia era uma quentinha com bife (frio), massa (sem molho e sem sal), feijão com arroz e salada. Para variar, tinha esquecido os talheres no alojamento, e nem a pau que eu caminharia 20 minutos pra pegar um garfo (por que faca é algo desnecessário). Decidi comprar os talheres que estavam vendendo ali mesmo. Conveniente, não? Pelo menos era barato: a dobradinha "Garfo-Faca" era 50 centavos. Diziam que eram de qualidade, mas eram só uns pedaços de plástico mal cortado. Servia pra pegar a massa e o feijão.

Como as mesas estavam todas ocupadas, tivemos que comer no chão mesmo. Foi um momento Túnel do Tempo, e voltei a ser escoteiro por meia hora, comendo mal, sentado no chão de um lugar muito, mas muito longe de qualquer rastro de civilização. Mas este terno momento durou só até eu lembrar que também tinha deixado minha escova de dentes no alojamento. Sorte minha, estavamos do lado de um supermercado. Escolhi com muito carinho uma escova de qualidade, de cerdas macias, com cabo acolchoado... e que fosse barata o suficiente para jogar fora quando voltasse para Porto Alegre. Ou para o alojamento, dependendo do caso. Finalmente, depois de 5 minutos de procura, cai de amores por uma escova de R$ 1,10. Ela assegurou a minha higiene bucal, juntamente com o dentrifício emprestado de alguém.

Depois do almoço, começariam os GDVs. Já tinha pensado em participar de uns dois ou três. Mas quando fui ver, estavam todos, TODOS!, lotados. Esquizodrama? Lotado. Sexo, Drogas e Rock n' Roll? Idem. O Legado e Importância de Silvia Saint para a Psicologia? Infelizmente, esse GVD não chegou a existir, mas se tivesse, com certeza estaria lotado. Só me restava, então, achar um NV legal. Descobrimos um tal de Jogo das Cidades, que era como um War gigantesco, só que sem aqueles disquinhos de plástico. Nele, tinhamos que administrar os recursos naturais e tecnológicos de nosso país (o nome do jogo é enganoso, eu sei) para ganharmos mais dinheiro que os outros e ganhar. Os recursos naturais eram representados por folhas coloridas, e os tecnológicos eram materiais escolares, como réguas, compassos e lápis. Para "industrializarmos" nossos recursos precisávamos cortar determinadas formas trigonométricas, e depois vendê-las para o Banco Mundial (BM, ou Brigada Militar para os íntimos). Ficamos com a Bolívia. Nossa tecnologia consistia de um lápis com a ponta quebrada, mas tinhamos muitos recursos naturais.

E em tempo recorde também começou a trapaça no jogo. Um dos dois apontadores de lápis dos EUA (que tinha dois) sumiu, e ninguém sabia onde ele havia parado. Pouco tempo depois deste ocorrido, o governo cubano (ou era o iraquiano?) aparecia com uma proposta muito indecorosa de transferência de tecnologia. Eu, como Ministro de Porra Nenhuma, fui contra tamanho descalabro moral, dizendo que era um absurdo fazer tal... descalabro contra a... democracia, e coisa e tal! Acabamos fazendo uma troca muito bem sucedida com os EUA, conseguindo um esquadro e uma tesoura, em troca de alguns recursos naturais. Contando com a tecnologia da "gambiarra", apontamos o lápis com a tesoura e começamos a produção. Em tempo recorde, já tinhamos descoberto a melhor maneira de processar o material bruto, que vinha a ser a forma mais chata de todas, pois precisávamos cortar 40 triangulos pequenos de uma folha.

Foi interessante ver as negociações que rolaram (de forma legal e transparente). Cuba, Iraque, Inglaterra e EUA dialogaram de maneira cordial e fizeram trocas. A Bolívia se tornava uma potência econômica. Os EUA não atacavam ninguém e perdiam terreno para nós. Era surreal.

Mas, no fim, como só tinha psicólogo lá, e psicólogo é tudo fresco, todos os países do jogo entraram em acordo, e dividiram os recursos tecnológicos e naturais de forma justa, para que empatássemos. A professora que supervisionava o jogo ficou impressionada com isto, apesar de, na hora de avaliar a qualidade dos produtos, ela sacanear todo o mundo (bem, é literalmente). Depois que tinhamos entregue nossas mercadorias no BM, começamos a discutir sobre o que o jogo representa, e blahblahblah. Dormi (que constante!).

Saímos a tempo de pegar a janta, que era a mesma porcaria do almoço. Aproveitei o tempo livre antes de voltar para o alojamento e dei uma passada numa lan house ali por perto para checar os e-meios e agradar papai mandando umas notícias. Por causa dessas porcarias de grupos de e-mails, tinha 10 mensagens novas, número que, considerando meu zelo em manter a organização do meu Gmail, é bem alto. Mas estava certo de que o volume de porcarias que receberia seria pequeno, pois o pessoal com o dedo mais nervoso para mandar porcaria para estes grupos estava lá em Curitiba, e não teria tempo sequer de pensar em computadores.

De volta para o alojamento, senti-me tremendamente feliz por ter tomado banho de manhã, pois a caixa d'água estava fechada por causa do uso excessivo dos companheiros ali acantonados. Banho, só no outro dia. Como diria uma amiga minha: fudeu, fudeu, fudeu, fudeu. Mas é a vida, gente. A festa do dia (ou devo dizer "noite"?) seria no outro alojamento, no Maria-alguma-coisa, chamado apenas de Maria. Era o alojamento chique, que, ao contrário do Aljazera, tinha água e era limpo. Além de ter espaço, como fomos descobrir ao chegar lá.

Nós de Porto Alegre e redondezas não dispunhamos do nosso ônibus para fazer os translados entre alojamentos e eventos, o que nos deixava dependentes de caronas nos ônibus das outras delegações, e, por causa deles, de taxinhas de transporte. Cada viagem no ônibus dos outros era sempre 2 reais. Como qualquer táxi que pegássemos não cobraria menos que 20 reais para ir do Aljazera até o Maria, era uma barbada. Nós, e todos que iriam para a festa (praticamente todos no alojamento) ficamos esperando pelo ônibus de uma delegação do lado de fora do colégio. Enquanto ele não chegava, a gauchada não negou a raça e o bairrismo, e depois de termos cantado "Amigo Punk" pelo alojamento inteiro, puxamos as clássicas que pelo menos 75% da população gaúcha já teve que fazer uma apresentação dançante na escola com elas ao fundo: "Eu sou do Sul" e o insuperável "Canto Alegretense", além de outras menos conhecidas ou merecedoras de terem seu nome citado neste augusto blog. *ahem*

Ficou claro para nós que, se quiséssemos colocar todos que ali estavam dentro do ônibus para ir para a festa, teríamos que quebrar umas 4 ou 5 leis da física, sem falar nas leis do trânsito. Eramos a segunda leva para a festa, e como o motorista estava faturando uma bela grana por fora, tivemos que nos empilhar dentro daquela lata velha. Eu tive sorte, e consegui sentar espremido no último banco, junto com meu veterano Marcelo. Enquanto eu relembrava todas as indiadas veiculares semelhantes que havia me metido anteriormente, especialmente uma envolvendo uma fiorino cheia de tralhas e machos molhados (fato conhecido como a "Sauna Gay Móvel"), a gauchada mais para a frente continuava a puxar os hits mais-mais baladinhas de verão. Pena que não consegui ouvir, ou cantar junto.

Quando chegamos no Maria, fizeram um censo de quantas pessoas se espremeram juntas no ônibus. 121 pessoas. 121 pessoas de pé, esmagadas umas contra as outras, obrigadas a cheirarem o bódum alheio. Tudo por uma festa. Quando chegamos a festa estava bombando, mas 5 minutos depois, a Polícia Militar atacou e desligou o som. Mas que bom, hein, Andarilho! Festa sem música!

Tudo bem. Por uns 15 minutos ficar dançando ao som de músicas foi divertido o suficiente, pois não estava sozinho, mas depois encheu o saco. Fiquei tão de saco cheio que me dispus a ir numa reunião (REUNIÃO NO MEIO DE UMA FESTA!) onde uma baiana ficou reclamando sobre um PM ter feito baculejo em duas meninas. A primeira coisa que eu pensei que "baculejo" significasse era surra seguida de estupro seguido de outra surra, mas depois que perguntaram que merda era um baculejo, ela explicou. Nada de mais, é revista íntima. Só que o PM mandou as gurias levantarem as blusas, passou a mão, e a delegação baiana queria que a organização do evento tomasse providências à respeito. Os caras da organização que tinham quase ido pra cadeia por causa do som alto da festa teriam muito poder e influência sobre a Polícia Militar do Paraná. O-ho-ho. Eu tava realmente cagado pra ir numa reunião destas bem no meio de uma festa. Chata pra caralho, mas festa igual.

Depois que meu estoque de paciência tinha se esgotado por completo, sai daquela reunião. Era hora de ir dormir. O pessoal estava me procurando desesperadamente, pois precisavam de mais uma pessoa para rachar o táxi. Foi providencial.

Depois de perdermos um táxi por descuido nosso (e por causa de um motorista filho da puta), fomos, nós 5, de volta para o alojamento. Para variar, fiquei no meio do assento traseiro. Justamente eu. Bem, era mais confortável do que o ônibus. O taxista estava meio perdido naquele bairro, por que, bem, o bairro onde nosso alojamento estava era um lugar perdido no mapa, e tivemos que dar as direções. Nada de mais. A corrida foi 15 pila.

Bem, até dá para falar um pouco mais da enrolação antes de dormir, mas tirando a minha odisséia atrás de água para escovar os dentes, nada de muito interessante aconteceu.

Até a próxima gente! Beijomeliga!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

AnimAção!! (Parte 1)

Série de animações em flash!

A de hoje dispensa explicações.
Apenas veja e espere o final, que é simplemente... bombástico. Requer um pouco de paciência mas... vale a pena. Clique no link.

Badger Badger Badger

Comente!!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Videosos Bacanosos (parte 5)

Tive que postar.
O Garfield real.
Gato True.



"Agora não, John... estou vendo TV"

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Camisetas criativas...

Taí uma boa camiseta pra ser usada por gêmeos. Um par deles usa, nos Estados Unidos.



\o/

domingo, 5 de agosto de 2007

Harptallica

Apocalyptica já é conhecida por tocar musicas do Metallica com violoncelos. A novidade agora é Harptallica. Duas mulheres tocando Metallica com harpas.

Harptallica tocando The Unforgiven:




E pra quem não conhece Apocalyptca, tá aí eles tocandoEnter Sand Man:




Finalmente honrei o nome do blog e postei algo a ver com rock XD

Pexos e apraços.

Responde essa! (parte 1)

Uma das coisas que existem ha muito tempo e surigiram na internet junto com ela são quizzes. Formulários cheios de perguntas sobre um determinado assunto, pra saber quão conhecedor você é de determinado assunto, ou testes de personalidade. Nessa série, postarei quizzes que achar pela internet. Isso é fácil, ela está lotado deles.

Começo postando um site com vários quizzes. Alguns são bem curiosos, como o que calcula o quanto valeria seu cadáver ou também as chances que você tem de sobreviver a uma atque de zumbis.
O primeiro que fiz foi pra descobrir quão geek você é.
O legal dos quizzes é que eles disponibilizam figuras com seus resultados pra você... postar no seu blog, por exemplo, tipo esse:



Eu sou 66% geek, e você?

O site é em inglês, vale a pena pra quem entende.

Pexos e apraços.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Guitar Hero

Outro dia estava eu jogando Frets On Fire, que é um jogo no estilo Guitar Hero para PC.
Configura-se os F1, F2, F3, F4 e F5, segura o teclado como uma guita (se preferir) e diverte-se jogando. Até que eu não fui tão mal, depois de umas 2 horas jogando, consegui completar uma música a 96% de precisão. Sim, era relativamente fácil, mas pra mim era ruim porque nunca tive experiência nenhuma com instrumentos de corda. Enfim, esse papo furado foi só pra dar introdução à um outro assunto.
Você acha que joga mal o Guitar Hero? Então não se sinta mal, um descoordenado(a) ou incapacitado(a). Slash também é ruim nesse jogo!!! Não acredita? Palavras dele:

“I’m not great at it,” the Guitar Hero III star admitted. “And a lot of that has to do with the fact that it’s hard for me to get rid of thirty years — whatever it is — twenty-some-odd years of playing in a certain way and then all of the sudden become accustomed to pressing some buttons and stuff. I have these little things that I’m so used to doing that when I’m playing Guitar Hero it sort of screws me up.”

Concordo com ele. Adaptar habilidades de instrumentos de corda, como a posição da mão para as notas e tudo, para botões é difícil. Mas não consigo imaginar ele não conseguindo tocar Sweet Child O' Mine nesse joguinho. Estranho, não é?

Onde eu achei isso tudo? Aqui!

Rides (Parte 3)

Carro de 'De Volta Para o Futuro' pode voltar às ruas

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Vocês lembram desse filme, não é? Se não lembrarem (o que eu acho impossível, tanto quanto não saber o que é Star Wars), cliquem AQUI!

Este carro é simplesmente uma belezinha retrô. Seu nome original é De Lorean DMC-12, feito de aço inoxidável (=D) e com portas no estilo 'asa de gaivota' (Saca? Aquelas que abrem pra cima, como asas!). Sim, custa uma fortuna. Mas imagina ter um carro desses na garagem? Ah, perfeito pra parzinhos porque só cabem duas pessoas.

No filme, ele era assim:

Cheio de modificações...a mais legal é que ele podia voltar no tempo! xD
Normalmente é assim, de fábrica:


Quem quiser se divertir fazendo sua versão de papel, pode clicar AQUII!!, imprimir, recortar e montar o seu.

Depois me contem como ficou, se é que pretendem fazer isso, hehehe.
=***